No Vimieiro, em Santa Comba Dão, é possível observar no gaveto de um edifício de armazéns atualmente devoluto, um painel em azulejo das Águas Vidago Salus, assinado pela Fábrica de Sacavém e moldado à superfície da parede, de planta circular. De proporção horizontal, o painel apresenta ao centro o nome da marca, por baixo o slogan “a frescura do nosso tempo”, e de ambos os lados dois círculos verdes representativos de uma estratégia de comunicação bilingue: o da esquerda conta no seu interior com a descrição “águas gasosas naturais” e é encimado pela palavra “beba”, o do lado direito expressa o mesmo mas em inglês, num convite declarado aos turistas estrangeiros.
Julga-se que já os Romanos aproveitavam as propriedades das águas de Vidago, mas estas só foram redescobertas em 1863, quando o lavrador local Manuel de Sousa terá bebido de uma nascente água "picante" que o aliviou dos problemas de estômago de que padecia. Voltou a beber dela nos dias seguintes e, sentindo-se bem melhor dos seus males, divulgou a descoberta. Assim nasciam as Águas Vidago, águas minerais frias, bicarbonatadas e sódicas, com teores de ferro, arsénico e flúor.