Na esquina entre as avenidas Visconde de Valmor e 5 de outubro, em Lisboa, numa antiga casa de chá e café, encontramos dois exemplares únicos de azulejaria publicitária, da autoria de A. Dean e datados de 1912. De estilo Arte Nova, as pinturas policromadas são complementadas com retoques a dourado.
Como é descrito no sítio "Memórias e Arquivos da Fábrica de Loiça de Sacavém", "a figura feminina apresenta-se aqui a tocar um shamizen, instrumento musical japonês, de cordas, habitualmente associado à arte das gueixas. Com a reabertura do Japão ao mundo ocidental, no início da década de 1850, uma nova tendência sucedeu à chinoiserie e se desenvolveu na Europa e na América, a qual passou a ser conhecida, também em Francês, como japonisme".
Em outubro de 2013, o artista plástico Querubim Lapa apercebeu-se que a fachada deste prédio estava a ser alvo de uma intervenção e que um dos painéis tinha sido destruído. Equipas do Museu Nacional do Azulejo e do projeto SOS Azulejo ativaram os mecanismos necessários para que fosse cumprida a lei e o painel foi reposto. Atualmente, o painel da direita tratar-se-á por isso de uma réplica de autor desconhecido.