Foi no contexto romano que se encontrou o maior conjunto de lucernas do mundo, que atualmente constitui o museu que alberga importante espólio destas oferendas, instalado num dos edifícios da “Prazeres & Irmão, sucessores. Lda.”.
Construído com função industrial, os dois edifícios apresentam os cunhais e rebordos das portas e janelas com um friso amarelo, que contrasta com o branco da cal. Ambos os edifícios são coroados por três painéis de azulejo na sua platibanda que, recorrendo a letras azuis sobre branco, identifica o nome da empresa em ambos. Para além disso, identifica ainda as tipologias dos edifícios, em que o edifício do museu indica ser “Armazém de produtos”, ao passo que o edifício onde se encontra a secção de Castro Verde do Conservatório Regional do Baixo Alentejo tem a referência, através de um tríptico que secciona a fachada, às atividades e produtos originais desta unidade: moagem de cereais, farinhas e sêmeas. À época da sua inauguração, em 1884, a fábrica produzia farinha em rama e mais tarde outros tipos de farinhas, até que em 1963 foi transferida para um novo edifício. Ficaram aqui a funcionar a padaria, fábrica de rações e os serviços administrativos até que, em 1991 foi encerrada definitivamente, recebendo o Museu da Lucerna em 2004.